Relatório produzido pelo Crea-SP torna-se referência para municípios paulistas
De olho no desenvolvimento socioeconômico sustentável do Estado e na transformação dos municípios paulistas, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) envolveu engenheiros, agrônomos, geocientistas, tecnólogos e demais interessados no futuro das cidades na elaboração de um relatório técnico de avaliação sobre o que é necessário para construir espaços urbanos e rurais mais acolhedores, planejados e sustentáveis.
As discussões sobre o tema foram realizadas durante o primeiro semestre deste ano, em quatro encontros regionais do Colégio de Inspetores. O resultado foi um relatório técnico apresentado ao governo estadual durante o 2º Simpósio Nacional de Cidades Inteligentes, realizado em agosto, em Santos, reunindo soluções das Engenharias, Agronomia e Geociências.
“Nosso objetivo foi discutir os problemas observados em cada cidade e propor projetos para melhorar o lugar onde as pessoas vivem”, declara o vice-presidente no exercício da Presidência do Crea-SP em 2023, engenheiro Mamede Abou Dehn Júnior. O relatório é um compilado de soluções dentro de seis eixos temáticos: acessibilidade, agricultura e políticas públicas, desenvolvimento urbano e habitação, saneamento básico, capacitação profissional e a participação das mulheres nas profissões da área tecnológica.
Para tornar os municípios mais acessíveis, inclusivos, planejados e conectados às demandas da população, o Crea-SP identificou, com apoio das equipes envolvidas nos eixos temáticos, que é preciso apostar em inovação tecnológica, investir em desenvolvimento sustentável e respeitar a diversidade. A integração dos profissionais com as cidades deve ser permanente, por meio de secretarias, grupos de trabalho e entidades de classe.
Entre as soluções para a infraestrutura, estão a revitalização dos centros urbanos, o mapeamento de áreas de riscos e a Regularização Fundiária Urbana (REURB). “Já tivemos resultados em que conseguimos agendar a regularização fundiária”, revela o coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil (CEEC) do Crea-SP, engenheiro Roberto Racanicchi. O exemplo se deu em Itararé, que teve uma regularização fundiária consolidada depois da apresentação do relatório à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado (SDUH).
Outras possíveis aplicações mapeadas foram destacadas na 9ª edição da Revista CREA São Paulo, disponível em www.creasp.org.br/revista. Já o relatório técnico, em sua íntegra, foi publicado em versão digital no site www.simposiocidadesinteligentes.creasp.com.br.
Fonte: Portal Crea-SP