Evento estimulou transformação cultural das entidades de classe
Evento estimulou transformação cultural das entidades de classe
Representantes de Entidades de Classe de todo o Brasil se reuniram em São Paulo, nesta quinta-feira (13/07), na Sede Angélica do Crea-SP, para o 1º Encontro Nacional de Entidades de Classe do Sistema Confea/Crea e Mútua (ENEC). A reunião foi pautada pela necessidade de integração do ecossistema formado pelos Conselhos e associações para implementação de iniciativas que beneficiem a área tecnológica e o desenvolvimento sustentável.
O presidente do Crea-SP, Eng. Vinicius Marchese, destacou o ineditismo e a importância do encontro. “Colocar todo mundo no mesmo lugar para promover essa conexão e intercâmbio é histórico. É uma alegria muito grande fazer parte desses momentos porque sou associativista, estou aqui graças às entidades de classe e a nossa grande maioria, no Sistema, é composta pelas associações”, disse.
A demanda surgiu nas trocas entre os Conselhos Regionais e logo foi acolhida, explicou o coordenador do CDER-SP, Eng. Leandro Galindo: “Sem o Confea e os Creas alinhados, esse evento não estaria acontecendo”, falou o também presidente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Ituverava (AEAAI).
De Norte a Sul, Leste a Oeste, as comitivas dos colegiados foram preenchendo a plenária do Crea-SP entre presidentes e conselheiros de outros Creas. “Também sou de entidade de classe, fui presidente de associação e isso me levou de Gurupi, no Tocantis, ao Confea”, recordou o conselheiro federal, Eng. Daltro Pereira.
A mesa que recebeu os participantes era formada ainda pela diretora de Entidades de Classe do Crea-SP, Eng. Lígia Marta Mackey; pelo coordenador Nacional do Colégio de Entidades de Classe Regionais (CDER-BR) e presidente da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de Santa Cruz do Sul/RS (Seasc), Eng. Leo Azeredo; e pelo diretor administrativo da Mútua-SP, Eng. Ronaldo dos Santos; além dos já citados.
Mas, antes mesmo de discutir a inovação do Sistema Confea/Crea e Mútua e das associações, os coordenadores dos CDERs sentaram juntos para compartilhar seus trabalhos. “Como primeiro encontro, superou nossas expectativas e terá um impacto muito positivo e importante para os profissionais, que precisam ter conhecimento do que estamos desenvolvendo aqui”, argumentou o Eng. Roberto da Silva, do CDER-PE.
Ao final, os presentes puderam acompanhar, em primeira mão, a abertura da unidade Angélica do CreaLab Coworking, uma rede estadual de 36 estações de trabalho compartilhadas que está sendo construída no estado de São Paulo em uma parceria do Conselho paulista com as entidades de classe. Saiba mais aqui.
O segundo dia da edição inaugural do Encontro Nacional de Entidades de Classe (ENEC) movimentou a Sede Angélica do Crea-SP. Os representantes dos diferentes estados brasileiros se reuniram, mais uma vez, para trocar experiências e projetos de valorização da área tecnológica, com a diferença de que, nessa sexta-feira (14/07), eles também participaram de capacitações dos principais temas que envolvem as profissões e as parcerias entre Sistema Confea/Crea e associações.
A programação foi iniciada logo pela manhã com saudação remota e ao vivo do presidente do Crea-SP, Eng. Vinicius Marchese, acompanhado pelo presidente do Conselho sergipano, Eng. Jorge Silveira, diretamente de Aracaju (SE), onde acontecia também o Simpósio Nacional de Cidades Inteligentes. “A todo momento levantamos esse debate das cidades inteligentes e da importância de os profissionais participarem para melhorar a qualidade de vida das pessoas, porque, quando falamos de cidades inteligentes, falamos de gente”, afirmou Marchese.
“É a primeira vez que tratamos do assunto em Sergipe, nos aproximando das prefeituras e do Crea-SP para isso”, comentou o presidente Silveira.
Da capital do Estado nordestino para a que abriga a maior metrópole do País, ações que preparam as Engenharias, Agronomia e Geociências para o futuro de desenvolvimento sustentável dos municípios motivaram os cerca de 170 participantes do 1º ENEC a repensar a cultura das entidades de classe. “O Crea-SP foi muito feliz no slogan do nosso evento: conectar para evoluir. Esse é o papel das associações, fazer a conexão com os profissionais. Estamos aqui para tornar as entidades de classe mais fortes, mais capacitadas e mais valorizadas”, reforçou o coordenador Nacional do Colégio de Entidades de Classe Regionais (CDER-BR) e presidente da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de Santa Cruz do Sul/RS (Seasc), Eng. Leo Azeredo.
Tal mudança não vem sem movimento. Por isso, a capacitação tratou, ao longo do dia, das relações institucionais; da colaboração das associações na fiscalização do salário-mínimo profissional – a exemplo da atuação conjunta do Conselho com a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Região de Franca (AERF) que interrompeu, judicialmente, concurso público em desconformidade com a Lei Federal 4.950-A/1966, que regulamenta o piso salarial, e que está entre as mais de 30 judicializações tomadas –; do papel da comunicação com os profissionais; da possibilidade de declaração de utilidade pública; e da aposta em projetos inteligentes e de inovação, como o CreaLab Coworkings, que teve sua primeira unidade inaugurada na quinta-feira (13/07). “Os profissionais em todas as cidades precisam de espaços como esse. Então, a experiência também nos favorece para ter essa referência”, apontou o Eng. José Orlando Pinto da Silva, vice-presidente da Associação Regional dos Engenheiros de Itapeva (ARESPI).
“São Paulo consegue levar esse aprimoramento para outros Creas e entidades de classe”, complementou o Eng. Hideraldo Rodrigues Gomes, presidente da Associação Bandeirante de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos (ABEAA) e da Federacao Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae).
Os representantes das associações foram estimulados ainda, a pensar em suas entidades de classe como startups e gestões públicas nas palestras sobre inovação e empreendedorismo, que abordaram a utilização planejada de recursos e as parcerias como ferramentas para ampliar o alcance aos profissionais e em benefício da sociedade.
“Vimos que o conhecimento é fundamental entre entidades e entre instituições, partindo para unificar as ações do ecossistema dos Creas”, disse a Eng. Miriam de Souza, gerente de Relacionamento com Entidades de Classe do Crea-RS.
Resumindo o objetivo dos treinamentos nesse 1º ENEC, a diretora de Entidades de Classe do Crea-SP, Eng. Lígia Marta Mackey, finalizou relatando o impacto das interações no Sistema: “Hoje, sou diretora e conselheira, representando a Associação de Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geologia de Rio Claro (AERC). Venho do associativismo e afirmo que o Sistema está aqui para todos os profissionais”.
Fonte: Portal Crea-SP